Metamorphic Force
Arcade
1993
Ótimo
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Dica Importante
Seleção de personagens!
Antes de começar. Certifique-se que o jogo está no formato 2 Players. As máquinas arcades deste jogo também possuem versões para 4 jogadores simultâneos. Só que ao emular este formato (4Players), nós não podemos escolher o personagem na tela de seleção. Para poder escolher qualquer um dos 4 personagens na tela de seleção, precisamos emular a máquina 2 Players. Caso esse seja o seu caso, faça o seguinte.
Muito provavelmente você estará usando alguma das várias versões do MAME. Este emulador disponibiliza uma tela de configurações parecida com esta.
Escolha "Dip Switches". Vá em "Number of Players" e mude de 4 para 2. Pronto. A tela de seleção está acessível.
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Das profundezas do oceano emerge uma ilha. Lá, as forças do mal personificada em um demônio com aparência de um deus greco/romano se manifestam. Há muitos anos o mal estava aprisionado, e agora voltou. A deusa Atena aparece então e traz ao mundo 4 almas de guerreiros mitológicos. Que agora encarnadas no corpo de 4 pessoas, podem se transformar em Guerreiros Metamórficos.
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o mal personificado em um tipo greco-romano... o Boss final! |
Essa transformação de homem para animal causa imensa dor (é o que diz o flyer). E é por isso que eles emitem um grito pavoroso ao fazer a transição. Seria essa uma possível explicação da semelhante transformação em Altered Beast do Mega Drive? Enfim.
O jogo todo é baseado em mitologia e misticismos em geral. Você encontra essas referências nas estátuas e construções das fases.
Uma das fases, lá no final, traz um imenso vitral. Na versão americana/ocidental, esse vitral é desenhado com a imagem do chefe final. Já a japonesa, é uma imagem de uma santa, estilo católica. Inclusive com as mãos levantadas de forma inclinada, uma posição de mãos muito famosa nas representações de Jesus. Que tem a mesma postura.
Não consigo deixar passar batido essas diferenças regionais. Se eu acho justo ou certo essas adaptações? Bom... Isso fica para um post futuro, quem sabe.
Voltando ao jogo. A ação é com apenas 2 botões o cara que só joga Atari reclamando de 2 botões, sério isso?. Pular e socar. Começamos como humanos bombados e ao pegar um item, que possui a imagem de Atena. Nós nos transformamos em um animal.
Pode ser um Minotauro, Lobo, Pantera Negra ou Urso. Se você já estiver transformado e pegar de novo uma estátua de Atena. O personagem dá um especial varrendo toda a tela.
Outra forma de especial é quando estamos na condição humana. Ao apertar chute e soco ao mesmo tempo damos um golpe mais frenético.
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observe que uma imagem tem barra de energia... a outra é contador numérico! |
É possível fazer golpes diferentes na forma animal ao pegar o oponente. Podemos socar abaixo da cintura, sugar sua jugular (tipo o Blanka), lançar o oponente a distância entre outros. Depende do personagem escolhido e da sua condição homem/animal. Apesar de ser 2 botões de ação. O número de golpes é surpreendente. Graças as combinações.
A energia na versão japonesa é uma barra convencional. Na americana... o que que é isso? Eles optaram por um contador numérico. E para piorar, esse contador diminui com o tempo, tipo uma ampulheta de energia.
Você perde energia se for socado... e perde com o passar do tempo. Uma dinâmica bem ruim. Basicamente se você for jogar, amigo leitor, jogue a versão japonesa. Sério!
Ao socar os oponentes é possível detoná-los no chão, inclusive os chefes de fase. Isso é muito divertido!
A parte sonora é bem básica. Faz o seu papel de dar o clima ao jogo. Nada de mais. Básico e bom. Talvez porque eles abusem das guitarras e um estilo mais "paulera" que eu não curto tanto. Sabe como é. Música é algo bem pessoal, né?
O desenho dos personagens é todo baseado em elementos de humano/animal. O termo metamorfismo vale aqui em quase tudo, não só para os heróis.
Uma coisa linda é a quantidade de movimentações e gestos que nós e eles possuem. Sem falar que os chefes de fase possuem ótimas movimentações também. E finais desesperadores, beeeeem dramáticos.
Ao vencê-los. Você sabe que o cara morreu mesmo. Falando nisso, a versão americana no final do jogo traz um respaw desnecessário dos chefes de fase. Coisa de caça-níquel mesmo. Tanto que a versão japonesa não faz isso.
O que eu mais gostei em Metamorphic Forces é sua jogabilidade e arte. O que eu não gostei tanto é sua historinha batida e genérica. Apesar das fases serem muito bonitas, não há surpresas ou aquele algo a mais que te faz querer rejogar e passar por ela outra vez. Um game arcade que cumpre bem o seu papel. Mas não deixa aquele gostinho de bis.